Defensoria realiza premiação do Concurso de Poesia na Penitenciária Júlia Maranhão

Na manhã da última quarta-feira (23), a Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB), em parceria com a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), realizou a premiação da 3ª edição do Concurso de Poesia Transformando o Silêncio das Grades em Linguagem, que envolve as penitenciárias femininas da Paraíba. A cerimônia ocorreu na Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão.

Leia também: Defensoria Pública divulga resultado da 3º edição do Concurso de Poesia em penitenciárias femininas do Estado

O concurso é organizado pela Coordenadoria Administrativa da Execução Penal (Caep) da DPE-PB e é aberto às reeducandas da Paraíba, com o objetivo de incentivar os estudos e despertar o interesse por temas relacionados à educação e cidadania. Quatro poemas foram vencedores, um em cada unidade prisional, conforme estabeleceu o edital do concurso.

De acordo com a defensora pública e coordenadora da Caep, Waldelita Cunha, mais de 45 inscrições foram realizadas pelas quatros unidades prisionais. “Iniciativas como esta devem ser sempre valorizadas, pois incentivam as reeducandas à prática da leitura, da escrita, inclusive desperta e desenvolve a arte da poesia”, destacou a defensora.

Para a diretora adjunta da Penitenciária Feminina de João Pessoa, Márcia Estrela, essas oportunidades educacionais são ferramentas valiosas para as reeducandas. “Por meio dessas iniciativas, nós, do sistema penitenciário, podemos ver como a educação é libertadora, porque o processo de ressocializar as pessoas privadas de liberdade deve incluir a reconstrução da vida de cada uma delas, e a educação é o início para tudo isso”, pontuou.

Para a reeducanda Marília de Carvalho Marinho, vencedora do concurso no âmbito da Penitenciária Feminina de João Pessoa, o ensino dentro das unidades é uma ferramenta de transformação essencial no processo de ressocialização. “Depois que esses projetos de educação foram criados, não só eu, mas várias reeducandas puderam mudar de vida. Hoje eu vejo o sistema prisional como uma escola, onde recebemos qualificação e ensino, e mais oportunidades ao sair do sistema”, afirmou.

Também participaram da solenidade de premiação a coordenadora de Atendimento da Execução Penal e Estabelecimentos Penais (Caepep), a defensora pública Iara Bonazzoli; a gerente executiva da Fundação Casa de José Américo, Janete Lins; Claudete Gomes, do Centro de Cordel e Cultura de Populares da Paraíba; e as missionárias Juliana Lacerda e Clívia.

VENCEDORAS –  Na Penitenciária Feminina de João Pessoa, a reeducanda Marília de Carvalho Marinho foi a autora vencedora. Já na Penitenciária Feminina de Campina Grande/PB, o texto vitorioso teve autoria coletiva. Participaram as reeducandas Fabiana de Aquino Lima, Alana Thayse campos Soares, Andrea Justino dos Santos, Josefa Danusa de S. Ramos, Thayna Hellen de Aquino Lima, Pamela Nicoly B. da Silva e Aldenice Gomes do Nascimento.

Na Penitenciária Feminina de Patos, Eliane Pereira Cândido recebeu a maioria dos votos da Comissão e na de Cajazeiras, mais um poema com autoria coletiva: Paula, Aparecida, Elizângela e Carmem assinam o poema. Cada unidade também levou cinco menções honrosas.

PREMIAÇÃO – As vencedoras receberam livros de escritoras paraibanas com dedicatória das autoras ofertados pela Academia Paraibana de Letras (APL) e brindes da empresa São Braz. Em João Pessoa, a vencedora e as autoras premiadas com Menção Honrosa também foram contempladas com um almoço oferecido pelo Restaurante Santa Grelha. “Gostaria de agradecer a todos os parceiros que acreditam na importância da ressocialização, sobretudo ao defensor público Gerardo Rabello pelo empenho na realização desta premiação”, agradeceu Waldelita.

 

Por Ícaro Diniz

Mais notícias