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A iniciativa tem como objetivo abordar e lidar com a questão da violência doméstica, oferecendo uma oportunidade de reflexão e mudança de comportamento para homens envolvidos em casos de violência contra mulheres.
O grupo se reunirá duas vezes por semana, às segundas e quartas-feiras, e o comparecimento é obrigatório, já que a participação no projeto é imposta pela Justiça como medida cautelar, fundamentada no artigo 22, inciso VI, da Lei 11.340 (Lei Maria da Penha). Durante os encontros, são promovidos debates e reflexões que visam a desconstrução de comportamentos agressivos e a promoção de uma cultura de respeito e igualdade.
“O projeto se encaixa em um esforço conjunto para combater a violência doméstica e fortalecer os laços familiares através da disseminação de valores éticos e do respeito à dignidade humana”, ressaltou a coordenadora do projeto, a defensora pública Elizabete Barbosa.
A primeira sessão contou com a facilitação das psicólogas Vanilda Luna e Ingridy Leite (estagiária de pós graduação) e os assessores jurídicos da DPE, Eliomara Abrantes e Marcos Jailton. “Nós trabalhamos primeiro o homem na forma da percepção reflexiva trocada, onde procuramos deixá-lo no lugar do outro para que ele possa ter impressões perceptivas individuais sobre o próximo e a gente possa, assim, começar a trabalhar o comportamento dele a partir daí”, contextualizou Vanilda.
Para a assessora jurídica Eliomara Abrantes, o resultado da primeira sessão foi muito positivo. “Eles chegaram desconfiados, mas logo entenderam a dinâmica e a sessão foi muito produtiva. É um processo de desconstrução e eu acredito que ao final todos serão afetados positivamente”, disse.
Por Larissa Claro