A Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) deu início ao segundo grupo do projeto “Grupos Reflexivos de Homens Autores de Violência Doméstica e Familiar”. Dez homens oriundos da Vara de Penas Alternativas ou de audiências de custódia foram encaminhados pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) para participar da primeira de 12 sessões previstas no projeto. A atividade aconteceu na última quarta-feira (1º) na Sede Administrativa da DPE-PB.
Leia também: Defensoria inicia atividades do projeto Grupos Reflexivos no Presídio do Roger
A iniciativa tem como objetivo abordar e lidar com a questão da violência doméstica, oferecendo uma oportunidade de reflexão e mudança de comportamento para homens envolvidos em casos de violência contra mulheres.
O grupo se reunirá duas vezes por semana, às segundas e quartas-feiras, e o comparecimento é obrigatório, já que a participação no projeto é imposta pela Justiça como medida cautelar, fundamentada no artigo 22, inciso VI, da Lei 11.340 (Lei Maria da Penha). Durante os encontros, são promovidos debates e reflexões que visam a desconstrução de comportamentos agressivos e a promoção de uma cultura de respeito e igualdade.
“O projeto se encaixa em um esforço conjunto para combater a violência doméstica e fortalecer os laços familiares através da disseminação de valores éticos e do respeito à dignidade humana”, ressaltou a coordenadora do projeto, a defensora pública Elizabete Barbosa.
A primeira sessão contou com a facilitação das psicólogas Vanilda Luna e Ingridy Leite (estagiária de pós graduação) e os assessores jurídicos da DPE, Eliomara Abrantes e Marcos Jailton. “Nós trabalhamos primeiro o homem na forma da percepção reflexiva trocada, onde procuramos deixá-lo no lugar do outro para que ele possa ter impressões perceptivas individuais sobre o próximo e a gente possa, assim, começar a trabalhar o comportamento dele a partir daí”, contextualizou Vanilda.
Para a assessora jurídica Eliomara Abrantes, o resultado da primeira sessão foi muito positivo. “Eles chegaram desconfiados, mas logo entenderam a dinâmica e a sessão foi muito produtiva. É um processo de desconstrução e eu acredito que ao final todos serão afetados positivamente”, disse.
Por Larissa Claro