Abordar o atendimento humanizado ao assistido. Este foi o objetivo da palestra realizada nesta sexta-feira (24), que marcou o início do segundo Ciclo de Palestras na Defensoria Pública da Paraíba (DPE-PB). O encontro reuniu servidores, assessores e estagiários da instituição na sala do Conselho Superior, além da transmissão online, que possibilitou aos colaboradores da DPE-PB em todo o estado o acompanhamento da palestra.
Na ocasião, a coordenadora do Núcleo Especial de Cidadania e Direitos Humanos (Necidh) da DPE, Fernanda Peres, explicou sobre as características do atendimento humanizado, bem como o papel da Defensoria Pública na resolução dos problemas e escuta aos assistidos.
“É importante lembrar que a Defensoria é a casa das pessoas, e assim sendo, elas devem ser tratadas com o máximo respeito, devendo ser garantido a elas a dignidade, o acolhimento, e a presteza no atendimento. O atendimento é o primeiro passo para a efetivação dos direitos das crianças, adolescentes e idosos em situação de risco, das pessoas com deficiência, mulheres em situação de violência, e/ou minorias ou maiorias invisibilizadas, como as populações indígenas, quilombolas, ribeirinhas ou população LGBTQIAPNB+, migrante e refugiados. Todo o público que atendemos”, ressaltou Fernanda.
Destacou-se a necessidade de empatia ao conversar com a pessoa vulnerabilizada, a escuta ativa para a valorização da fala do assistido e respeito, gentileza e atenção no momento do atendimento. Além da transmissão correta da informação sobre a situação dos casos.
“Muitas vezes, o cidadão (ã) precisa apenas ser ouvido, ter uma escuta atenciosa para o problema que o aflige. Dessa forma, ele se sente valorizado e verdadeiramente acolhido. Assim, resolvemos o problema já no atendimento. Todas as pessoas que nos procuram possuem histórias de vidas diversas e na maioria dos casos, veem a Defensoria como a única esperança de solução dos seus problemas. Precisamos ser empáticos nesse sentido”, completou Fernanda.
Durante o encontro ainda foram trazidas orientações específicas aos integrantes da DPE sobre o atendimento às pessoas com deficiência, idosas e mulheres em situação de violência doméstica. Em pauta, estavam os comportamentos a serem evitados, como o capacitismo e o preconceito, e também atitudes positivas a serem seguidas, como o estabelecimento do sigilo e privacidade dos assistidos.
Para a diretora de Ensino da Escola Superior, Mariane Fontenelle, uma das responsáveis pela organização do Ciclo de Palestras, o encontro serviu para reafirmar o compromisso da instituição com o aperfeiçoamento do quadro de integrantes do órgão.
“Esse módulo do curso de capacitação teve suma relevância, porque a razão de existir da nossa instituição é atuar onde a vulnerabilidade está presente. E o primeiro contato do defensor, servidor ou estagiário com essa vulnerabilidade é através do atendimento inicial, que precisa ser qualificado e, principalmente, humanizado”, ressaltou Marianne Fontenele.
PRÓXIMO ENCONTRO – O próximo encontro do Ciclo de Palestras acontece no dia 1º de dezembro e abordará a temática “Atendimento humanizado em gênero e sexualidades: conhecendo os direitos LGBTQIAPN+”, com a estagiária da Coordenadoria de Defesa dos Direitos Homoafetivos, da Diversidade Sexual e do Combate da Homofobia da DPE, Clarisse Mack.
Por Daiane Lima