Defensoria Pública reforça compromisso com a saúde das mulheres em audiência na Câmara de Campina Grande

Ao participar da audiência pública realizada na última terça-feira (8), na Câmara Municipal de Campina Grande, a Defensoria Pública do Estado da Paraíba reafirmou seu compromisso com a promoção do direito à saúde das mulheres, especialmente daquelas em situação de vulnerabilidade. A instituição foi representada pelo coordenador do Núcleo de Atendimento da DPE-PB em Campina, defensor público José Alípio Bezerra.

A sessão foi convocada para marcar o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, reunindo representantes do poder público, entidades da sociedade civil e profissionais da área para debater questões urgentes relacionadas à saúde feminina, como a mortalidade materna e a violência obstétrica.

Durante sua fala, o defensor público destacou a atuação da Defensoria em todas as áreas que tramitam na Justiça Estadual, com especial atenção aos grupos mais vulneráveis. “A Defensoria Pública atua diariamente para assegurar o direito à saúde, principalmente das mulheres em situação de vulnerabilidade. Porque a justiça só é justiça se alcançar os invisíveis”, afirmou.

José Alípio também destacou a importância da articulação entre os diferentes setores públicos e a sociedade para a construção de políticas mais eficazes e humanas. “Hoje, ao dialogarmos com a Casa Legislativa, reafirmamos a importância de um trabalho institucional pautado no diálogo permanente entre as entidades públicas, as organizações sociais e a população, com foco em garantir uma saúde pública verdadeiramente digna, humana e justa para todos”, completou.

Durante a audiência, foram apresentados dados alarmantes sobre a realidade local. Apenas em 2024, Campina Grande já registrou a morte de 16 mulheres por causas relacionadas à gestação e ao parto — números que acendem um alerta sobre a urgência de ações efetivas para prevenir novos casos. Além disso, a violência obstétrica foi apontada como uma das formas mais recorrentes de violação de direitos contra as mulheres, afetando não só a experiência do parto, mas também sua saúde física e emocional.

A audiência foi proposta pela vereadora Jô Oliveira e contou com a presença de autoridades locais, representantes de secretarias e parlamentares. O debate reforçou a necessidade de políticas públicas que garantam partos seguros, atendimento humanizado e ações firmes de combate à violência obstétrica.

Texto: Felipe Bezerra e Larissa Claro
Foto: Divulgação/CMCG e reprodução

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