Começa nesta sexta-feira (14), Dia Mundial do Doador de Sangue, o pré-cadastro online das pessoas interessadas em doar sangue no próximo dia 28, na Defensoria Pública da Paraíba (DPE-PB), na Capital. O mutirão “Orgulho de salvar vidas” é uma iniciativa da Coordenadoria de Defesa dos Direitos Homoafetivos, da Diversidade Sexual e do Combate da Homofobia, em parceria com o Hemocentro, para celebrar o Dia do Orgulho LGBT, comemorado mundialmente no dia 28 de junho.
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A doação vai acontecer no Núcleo de Atendimento localizado na Rua Monsenhor Walfredo Leal, 503, Tambiá, das 8h às 14h. Na ocasião, também será realizado o mutirão “Meu direito começa pelo nome”, para a retificação de prenome e gênero voltado para a população trans.
O objetivo é trazer visibilidade para a comunidade e combater o estigma e a discriminação que pessoas LGBTQIAPN+ ainda sofrem em relação à doação de sangue. Qualquer pessoa, seja pertencente à comunidade ou não, pode participar do mutirão. Importante lembrar que a doação de uma única pessoa pode salvar até quatro vidas, além de contribuir para que os estoques de sangue do Hemocentro da Paraíba sigam abastecidos.
De acordo com a coordenadora da Diversidade da DPE-PB, Remédios Mendes, o mutirão servirá para desafiar estigmas históricos, garantindo o direito das pessoas da comunidade, e promover o respeito à diversidade. “Nosso convite é para que a população LGBT+ compareça e contribua para salvar vidas, e que possa fazer isso independente da sua orientação sexual. O mutirão não será apenas um ato de amor e solidariedade, mas também um marco na superação de estigmas históricos”, disse a defensora pública.
Desde 2020, o Superior Tribunal Federal (STF) determinou inconstitucionais as normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibiam a doação por pessoas homossexuais, com base em critérios referentes ao contágio de doenças sexualmente transmissíveis. Em 2021, o Senado Federal aprovou um projeto de lei que proíbe a discriminação de doadores de sangue por orientação sexual.
Por Daiane Lima e Larissa Claro
