A atuação da Defensoria Pública da Paraíba (DPE-PB) em defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+ no estado foi motivo de homenagem, nesta segunda-feira (18), durante o lançamento da Coletiva de Estudos Transfeministas e Queer da Paraíba (CERTRANSPB). A defensora pública-geral da Paraíba, Madalena Abrantes, e a coordenadora de Defesa dos Direitos Homoafetivos, da Diversidade Sexual e do Combate da Homofobia, Remédios Mendes, receberam menção honrosa pelos serviços prestados.
“Acho que é nossa missão, nossa obrigação, e ainda é muito pouco. Gostaria de fazer muito mais e estou à disposição para isso. O mundo está muito desigual e as pessoas precisam respeitar as individualidades”, avaliou a defensora geral, acrescentando que é necessário investir em ações de educação junto à sociedade.
Madalena Abrantes ainda destacou a atuação da Coordenadoria da Diversidade: “Temos boa vontade em atuar nesta causa e estamos de portas abertas para receber as demandas sempre que sentirem que seus direitos estão sendo violados”, declarou a DPG.
“Me sinto muito gratificada com a homenagem tão honrosa, que sinaliza para além do reconhecimento pelo nosso trabalho, ela valida nossas ações e nos inspira na construção da paz na luta contínua por justiça”, ressaltou a defensora Remédios Mendes.
A fundadora da entidade, a historiadora e estudante de Direito Clarisse Mack, ressaltou a atuação da instituição em favor dos mais vulneráveis. “É uma merecida homenagem pelos trabalhos desenvolvidos na promoção dos direitos LGBTQIA+, mas, principalmente, pela promoção dos direitos humanos das pessoas trans”, destacou. Entre as ações, Clarisse destacou os mutirões de retificação de prenome e gênero.
PIONEIRISMO – A entidade pautará sua atuação a partir da noção de pesquisa científica e estudos com a formulação de relatórios, algo ainda inédito em solo paraibano, com objetivo de buscar melhores fundamentações para a busca por políticas públicas para o público-alvo. A associação visa lutar por educação, cultura e direitos humanos para pessoas trans, travestis e do gênero não binário em todo o estado, se tornando mais uma ferramenta contra o preconceito.
“Enfrentamos tantas estatísticas terríveis, como a pior expectativa de vida, de 35 anos,90% da nossa população está na prostituição compulsória, somos o país que mais mata pessoas trans no mundo, então, ter uma defensora aguerrida na luta pelo mais vulneráveis é essencial”, finalizou Clarisse.
Por Thais Cirino