Por: Larissa Claro e Thais Cirino – Publicado em: 13.04.2023
Facilitar e ampliar o atendimento aos idosos vítimas de algum tipo de violência foi o tema de uma reunião ocorrida, nesta quarta-feira (12), entre a defensora pública-geral da Paraíba, Madalena Abrantes, e representantes do Instituto Paraibano de Envelhecimento da Universidade Federal da Paraíba (IPE/UFPB). A intenção é criar um posto da DPE-PB na instituição para atender de modo mais rápido essa parcela da população vulnerável.
De acordo com a defensora pública-geral da Paraíba, Madalena Abrantes, parcerias como essa são fundamentais para fazer com que a Defensoria Pública chegue cada vez mais perto das pessoas que necessitam dos serviços da instituição.
Para viabilizar este atendimento in loco, a DPG convocou um grupo de trabalho formado pelas defensoras públicas Fernanda Peres, coordenadora do Núcleo Especial de Cidadania e Direitos Humanos; e Fátima Diniz, representando o Núcleo Especial de Defesa das Pessoas Idosas (NEPEDIV); além da psicóloga do Núcleo, Luzauri. A ideia inicial é montar um posto dentro da universidade, com atendimento periódico realizado pelo NEPEDIV.
De acordo com o professor Robson Antão de Medeiros, que é vice-presidente do IPE e vice-coordenador do mestrado profissional em Gerontologia da UFPB, há muitos relatos entre os usuários da universidade de abusos cometidos pelos próprios familiares. “Temos um público que frequenta a instituição nas ações de educação física, curso de línguas ou de informática e lá eles se sentem à vontade para relatar a violência sofrida em casa. Além de agressões verbais, há as violências patrimonial e financeira praticadas, na maioria dos casos, pelos próprios familiares”, relatou.
O professor explicou que, para os idosos, procurar o serviço de atendimento fora da UFPB é mais difícil por conta do monitoramento feito pelos parentes, o que impede a denúncia formal. Neste sentido, a intenção é criar um núcleo da DPE-PB dentro do instituto para a realização do primeiro atendimento. “Nossa parceria com a UFPB é muito positiva e acreditamos que a demanda trazida para a Defensoria é importante diante dos muitos relatos de abusos cometidos contra a pessoa idosa”, ressaltou Madalena Abrantes.
A professora Antônia Leda Oliveira Silva, que é coordenadora do IPE/UFPB, se disse animada com o avanço nas discussões sobre a instalação no núcleo. “Acredito que é uma proposta promissora e acho que vai beneficiar tanto um lado como o outro, para trabalharmos em conjunto com o mesmo objetivo que é atendimento à pessoa idosa”, salientou.
