Projeto “Abrindo a mente para liberdade” chega à cadeia de Alagoinha com o apoio da UFPB

Por: Larissa Claro – Publicado em: 23.09.2022

 

O projeto desenvolvido pela Defensoria Pública do Estado da Paraíba “Abrindo a mente para a liberdade” chegou à cadeia pública de Alagoinha, no Agreste Paraibano, com um grande reforço. Financiado pelo programa da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal da Paraíba, o projeto foi classificado em primeiro lugar e conta com uma aluna bolsista, que desenvolve, em parceria com a DPE-PB, uma pesquisa sobre o grau de alfabetização dentro da unidade prisional.

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A abertura aconteceu nesta quinta-feira (22), com a participação da defensora pública Monaliza Montinegro, da professora coordenadora Helen Halinne Rodrigues de Lucena (DE/CCHSA/UFPB), e da aluna bolsista Jailsa Ferreira. Participam do projeto 14 pessoas privadas de liberdade.

O objetivo é fomentar o hábito da leitura e reflexão de obras da literatura de cordel entre os reeducandos por meio de processos educativos e de aprendizagens interdisciplinares que articulam a leitura oral, a escrita e as releituras de mundo expressas por meio de outras linguagens como a música, o cinema, o teatro e as artes visuais.

“Além de desenvolver junto aos custodiados o hábito e o gosto pela leitura, o projeto também quer promover, por meio dos cordéis indicados, a educação em direitos e difundir noções de cidadania através de uma consciência crítica do contexto social debatendo nas rodas de leitura temas como desigualdade social, desigualdade racial, gênero, direitos humanos de modo geral”, ressalta Monaliza, idealizadora do projeto na DPE-PB.

O projeto já foi implantado com sucesso nas cadeias de Pocinhos e Piancó, além da Penitenciária Feminina de Patos. “A partir da sua implantação, como ocorreu nas outras unidades, nós buscaremos viabilizar as possibilidades de remição de pena por estudo e/ou pela leitura dentro da unidade prisional, nos termos das Leis que regem a remição”, afirma Monaliza.

Na esfera acadêmica, o projeto ganhou o título “A literatura de cordel como prática pedagógica de/para liberdade na cadeia pública de Alagoinha”. As professoras Fabrícia Sousa Montenegro e Vivian Galdino de Andrade são colaboradoras do projeto, que também tem a parceria da Cadeia Pública de Alagoinha.

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