DPE e Fecomércio discutem parceria em benefício de mulheres vítimas de violência

Por: Larissa Claro – Publicado em: 21.09.2022

 

Com o objetivo de colaborar com a autonomia financeira de mulheres e assim romper o ciclo de violência doméstica, a Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) propôs nesta quarta-feira (21) à Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado da Paraíba (Fecomércio) uma parceria entre as instituições. A ideia é que mulheres atendidas pela DPE possam ser encaminhadas para realizarem gratuitamente cursos profissionalizantes ofertados pelo Senac.

Os subdefensores públicos-gerais Madalena Abrantes e Gerardo Rabello e o coordenador do Núcleo de Atendimento da DPE-PB em Campina Grande, Lucas Soares, foram recebidos pelo presidente da Fecomércio na Paraíba, Marconi Medeiros, que, além de ficar entusiasmado com a ideia, ainda se disponibilizou a estender a parceria também para a Capital.

“Motivados pelos casos que chegam ao Núcleo de mulheres vítimas de violência dependentes financeiras dos companheiros, resolvemos procurar o Senac para que essas mulheres tenham a chance de se especializar em cursos profissionalizantes que deem a elas a desejada emancipação econômica. Desse modo, terão mais chances de saírem do ciclo de violência”, afirmou o defensor Lucas Soares.

O coordenador do Núcleo ressalta que a violência doméstica e familiar contra mulheres é um problema de saúde pública, além de ser considerada violação dos direitos humanos. Pesquisas mostram que uma em cada quatro brasileiras acima de 16 anos sofreu algum tipo de violência ao longo dos últimos 12 meses no país, o que representa um universo de aproximadamente 17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual no último ano. Desse total, 25% apontaram a perda de renda e emprego como os fatores que mais influenciaram na violência que vivenciaram em meio à pandemia de Covid-19.

“Não podemos fechar os olhos para essa realidade. Diante disso, acreditamos que o Senac poderá, sim, ser um agente transformador na vida dessas mulheres, promovendo educação profissional às mulheres vítimas de violência doméstica que buscam assistência na Defensoria Pública”, completou Lucas.

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