Por: Larissa Claro – Publicado em: 26.05.2022
Assistida pela Defensoria Pública do Estado da Paraíba desde o ano passado, quando procurou o Núcleo de Atendimento da DPE em Campina Grande para dar entrada em uma ação de divórcio, a Sra. Íngra Lima de Oliveira Silva teve uma grata surpresa esta semana, ao voltar ao Núcleo para se informar sobre o andamento da ação. Surda sinalizada, ou seja, fluente na Língua Brasileira de Sinais, Íngra foi atendida por uma intérprete de Libras.
A estagiária do Núcleo, Verônica Caldeira, é estudante de Direito e intérprete voluntária da língua de sinais. Foi ela quem atendeu a Sra. Íngra, proporcionando outra experiência de atendimento para a assistida.
Da primeira vez que compareceu ao Núcleo, em 2021, Íngra não contou com esse apoio. Ela relatou que naquele momento foi difícil realizar o agendamento, pois não havia pessoas fluentes no Núcleo. Dessa vez, ela se sentiu aliviada, pois sabia que seria compreendida e a comunicação ocorreria sem maiores dificuldades ou ruídos.
A intérprete Verônica, que tem um filho surdo e compreende bem a necessidade da existência de pessoas fluentes em libras nos vários espaços sociais, ressalta que o acolhimento por pessoas fluentes na língua de sinais no serviço público é uma garantia do direito fundamental das pessoas surdas, partindo da garantia da compreensão subjetiva do cidadão, e não de uma comunicação baseada em suposições de terceiros.