Publicado em: 14.05.2018
Os participantes do curso de capacitação para criação de grupos reflexivos de homens autores de violência promovido nos últimos dias 10 e 11 de maio pela Defensoria Pública da Paraíba foram uníssonos em destacar a importância da iniciativa e sua operacionalização diante de um contexto que é dos mais complexos.
“Essa experiência, produtiva, abrirá espaços para implantação do programa ou projeto na Paraíba, a partir de João Pessoa”, afirmou Andrea Diniz, analista judiciária e psicóloga, que desenvolve atividades junto ao Juizado de Violência Doméstica da Capital.
Nova forma de visão
Para a advogada e presidente do Conselho da Comunidade, Elluênia Lucena, o cursou reuniu diversos componentes do sistema de justiça e os mobilizou em torno de outra forma em que o ser humano deve ser visto, com a sensibilidade necessária a essa mudança de paradigmas.
Segundo ele, não se pode apenas interpretar apenas o fato, mas o que o motivou para poder entender o ser humano de uma forma holística, com uma visão multidisciplinar. Já a mediadora Céu Ramalho, que atua na Câmara de Mediação da DPPB, disse que o curso, além de potencializar um direcionamento convergente aos participantes, também fortaleceu parcerias.
O público participante do curso ministrado pelo servidor do TJDFT, João Domingues Wesley foi composto por defensores públicos, advogados, assistentes sociais, grupos de conciliadores, integrantes da Secretaria de Segurança Pública, Juizados, Associações e estagiários, todos comprometidos com a causa de enfrentamento à violência doméstica.
“Atentos aos altos índices de violência doméstica e feminicídio registrados em todo o País, decidimos implementar um projeto restaurativo, através da participação de agressores em rodas reflexivas de conscientização e educação, a fim de evitar o crescimento dos casos de violência doméstica no estado da Paraíba”, afirmou a defensora pública-geral da Paraíba, Madalena Abrantes.
Cândido Nóbrega
