Por: Daiane Lima – Publicado em: 25.01.2023
O defensor público Fernando Enéas, da 2ª Vara Mista de Sousa, participou na manhã da última terça-feira (24) de uma audiência pública sobre o tema “Abuso sexual de crianças e adolescentes: impactos no desenvolvimento, identificação de sinais e manejo psicoterapêutico”. O evento promovido pela Promotoria de Justiça de Sousa foi realizado no auditório da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do município do Alto Sertão.
Na ocasião, também estiveram presentes profissionais da rede de proteção de crianças e adolescentes, representantes da sociedade civil organizada, e psicólogos.
Durante a audiência, foram discutidos os impactos no desenvolvimento dos menores vítimas de abuso, bem como a identificação dos sinais de violência, e o manejo psicoterapêutico necessário para lidar com estas vítimas. Além de estratégias para o enfrentamento desta realidade. Cerca de 110 pessoas fizeram parte da solenidade, que recebeu cidadãos das cidades circunvizinhas a Sousa, como Marizópolis, Nazarezinho, Aparecida, Santa Cruz, Lastro, São Francisco e Uiraúna.
De acordo com o defensor Fernando Enéas, a audiência pública se mostrou de extrema importância, pois possibilitou a discussão de um problema grave que afeta meninos e meninas em todo o Estado. “A questão do abuso sexual não brota de geração espontânea. Ela se alimenta nos lares, em comunidades, becos e vielas, e tem sua origem na ausência do Estado, na ausência de políticas públicas, de orientações, esclarecimentos, cartilhas voltadas ao tema. O cuidado com as crianças e adolescentes deve ser preciso e contínuo. Esta audiência pública serviu para abordarmos modos de combate e também de conscientização e acolhimento”, ressaltou o defensor.
“Nós, da Defensoria Pública, trabalhamos persistentemente, mesmo com poucos recursos, para garantir os direitos das crianças e adolescentes que sofrem abusos. Utilizamos todas as armas disponíveis para oferecer a assistência necessária, e também punir, respeitando o devido processo legal, os responsáveis pelos crimes”, completou.