Cinco psicólogas voluntárias do projeto A-colher, realizado pela Coordenadoria de Defesa da Mulher da Defensoria Pública do Estado (DPE-PB), ultrapassam até o final desta semana a marca de 170 horas de atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica assistidas pela instituição. Desde a implantação dos atendimentos, em maio deste ano, 54 mulheres iniciaram acompanhamento terapêutico com as profissionais, que celebram na próxima sexta, 27 de agosto, o Dia do (a) Psicólogo (a).
O objetivo do projeto A-colher é ofertar possibilidades para que a mulher possa superar a violência a que foi submetida, resgatar sua autoestima e conscientizar-se sobre as diversas formas de violência contra a mulher. São voluntárias do projeto as psicólogas Dandara Camboim, Maressa Marques, Ana Maria Araújo, Kizzi Mayara Rodrigues e Ingryd Mayara Leite.
De acordo com a coordenadora do grupo, a psicóloga da DPE Vanilda Luna, o foco dos atendimentos está na (re) estruturação emocional da mulher assistida, com um trabalho de fortalecimento da nova realidade e apresentação de uma proposta racional para o recomeço.
São 12 sessões de 50 minutos de atendimento, podendo, em casos excepcionais, ser estendido de acordo com a necessidade. No término das sessões, a psicóloga verifica o estado de aceitação da situação pela assistida e só então ela é desligada, por meio de alta. O desligamento do projeto pode ser antecipado, caso a assistida falte a três sessões de terapia.
De modo geral, as mulheres que são encaminhadas para acompanhamento chegam até a DPE excessivamente ansiosas, com medo de retaliações e desacreditadas quanto ao projeto de retomarem o controle de suas vidas. A defensora pública Monaliza Montinegro ressalta que conseguir compreender sua inserção no contexto de gênero e acessar as raízes profundas da violência doméstica é essencial para superação do ciclo de violência.
“Eu gostaria – por ocasião do dia dedicado aos profissionais da psicologia – homenagear as psicólogas do projeto A-colher, que fazem com muito comprometimento e sensibilidade esse trabalho acontecer. O sucesso desse projeto mostra o quanto essas profissionais são qualificadas e o quanto a coordenação do projeto tem se empenhado em dar o seu melhor”, ressaltou.