Ouvidoria participa de evento em alusão ao Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas

Por: Larissa Claro – Publicado em: 31.07.2022

 

A ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Paraíba, Maria do Céu Palmeira, participou no último sábado (30), no Terminal Rodoviário de João Pessoa, de uma mobilização em alusão ao Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas. A ação foi realizada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano do Estado (Sedh), órgão ao qual estão vinculados o Núcleo Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas da Paraíba (NETDP/PB) e o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas da Paraíba (CETDP/PB).

Com a finalidade de chamar a atenção da sociedade sobre a problemática do tráfico de pessoas, foi distribuído material informativo e educativo sobre a temática. A ação integra a campanha nacional ‘Coração Azul’.

Conforme dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, divulgado pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB), em 18 anos, de 2003 a 2021, cerca 550 paraibanos foram resgatados de condições análogas à escravidão em vários estados do País.

Na Paraíba, de acordo com os dados do NETDP/PB e da COETRAE/PB, desde 2019, 43 pessoas foram resgatadas em municípios paraibanos vítimas de trabalho análogo à escravidão. As vítimas foram localizadas no Sertão Paraibano, mais especificamente em Assunção, Tavares, Salgadinho, Juru, Manaíra, Brejo do Cruz e São Bento.

A maioria das vítimas são homens jovens, negros, agricultores com pouca ou nenhuma escolaridade, em situação de extrema vulnerabilidade, motivadas por diversas questões sociais. Em função disso, constata-se que a pobreza, o analfabetismo, o desemprego, o racismo e os conflitos fundiários são uma das principais causas do trabalho escravo e tráfico de pessoas.

Para Céu Palmeira, é muito importante que a sociedade esteja mobilizada para essa pauta, que merece um olhar especial de todos. “O ato de comercializar, escravizar, explorar e privar vidas é uma grave violação dos direitos humanos. É uma situação global e que acontece também na Paraíba”, ressaltou.

 

Fonte: Com informações da Sedh

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