
Criada pelo artigo 134 da Constituição, a Defensoria é responsável pela orientação jurídica, promoção e defesa dos direitos humanos de forma integral e gratuita, especialmente para grupos que enfrentam maior vulnerabilidade social. Essa missão consolidou a instituição como uma guardiã da igualdade material e um dos instrumentos mais importantes para que direitos previstos na lei se concretizem na vida das pessoas.

“O papel da Defensoria vai muito além de ser um mero escritório de advocacia. Nosso objetivo é promover transformação social. A instituição trabalha para mitigar desigualdades, oferecendo aos excluídos condições reais de terem suas demandas atendidas. Atuamos amplificando vozes constitucionalmente protegidas, levando ao centro do poder debates que muitas vezes geram incômodo. A Defensoria promove cidadania por meio da troca de conhecimento com a população excluída sobre seus direitos. É justiça social na prática”, afirma.
A diretora reforça que nenhum eixo de atuação pode ser priorizado em detrimento de outro, sob risco de reproduzir exclusões. As pautas ligadas à distribuição de renda e à justiça social, ressalta, estão entre as mais recorrentes, pois concentram grande parte das violações de direitos — muitas vezes de maneira interseccional.


A atuação envolve visitas a comunidades e equipamentos públicos, reuniões com órgãos públicos e instituições acadêmicas, participação em audiências públicas e grupos de trabalho, além de escuta ativa.
Em Campina, o núcleo é coordenado pelo defensor Marcel Joffily, cuja agenda inclui o acompanhamento contínuo a comunidades tradicionais, migrantes, população indígena Warao e pessoas em situação de rua. O núcleo também tem atuado com temas ligados à liberdade religiosa, igualdade e acesso a políticas públicas.

“O foco é assegurar dignidade e igualdade material. Atuamos para que todas as pessoas saibam que são sujeitos de direitos e tenham meios de exercê-los plenamente”, afirma.
DIREITOS CONSOLIDADOS – Ao transformar princípios universais em práticas diárias, a Defensoria Pública consolida sua função constitucional de reduzir desigualdades e fazer com que a promessa dos direitos humanos não fique só no papel. A atuação de defensoras, defensores e equipe técnica garante que, entre a lei e a vida cotidiana, cada paraibano e paraibana encontre suporte para exercer sua cidadania e construir novos horizontes de dignidade.
Texto: Luiz Filho
Foto: Roberto Marcelo