Defensoria e SEAP debatem a ampliação de projetos de inclusão nas unidades prisionais do estado

 

A ampliação e o fortalecimento das parcerias entre a Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) e a Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) foram debatidas durante uma reunião entre a defensora-geral, Madalena Abrantes, e o gerente Executivo de Ressocialização da SEAP, João Sitônio Rosas, na terça-feira (18). Na ocasião, foram discutidas a realização de duas ações de inclusão desenvolvidas pela DPE junto à população carcerária.

Uma delas refere-se à expansão do projeto “Abrindo a mente para a liberdade”, que vem sendo realizado pela Defensoria e cujo objetivo é fomentar o hábito da leitura entre os reeducandos. “A importância de um projeto como esse se resume ao impacto que ele causa na vida das pessoas privadas de liberdade e o resultado positivo que ele gera para toda a sociedade”, avaliou Madalena Abrantes.

No projeto, os apenados são orientados sobre a produção de literatura de cordel, desde o trabalho com as técnicas de leitura e escrita, até a parte de elaboração final do cordel, com exposições em diversos espaços públicos. “Nós já desenvolvemos um trabalho muito forte de atuação nas unidades prisionais e queremos ampliar esse projeto que trabalha a questão educacional e que foi reconhecido pela Universidade Federal da Paraíba como uma ação de boas práticas”, destacou João Sitônio Rosas.

A iniciativa, que foi idealizada pela defensora pública Monaliza Montinegro, vem sendo desenvolvida na cadeia pública de Alagoinha, mas a intenção é ampliá-la para outras 15 unidades prisionais do Litoral ao Sertão do estado. “Esse projeto vem para colaborar na ressocialização dos internos e para que os mesmos busquem mais conhecimento, essencial na vida do indivíduo, e ocupem seu tempo de forma produtiva no cumprimento da pena”, pontuou a coordenadora de Execução Penal (CAEP) da DPE-PB, Waldelita Cunha.

CIDADANIA- Outra ação discutida no encontro foi a realização de um mutirão voltado à retificação de prenome e gênero entre as pessoas apenadas e que integram a comunidade LGBTQIAPNB+, nos moldes do evento realizado pela Defensoria Pública no mês de junho e que foi aberto para toda a sociedade. “Estamos planejando uma ação que seja voltada às pessoas em privação de liberdade porque identificamos uma grande demanda e queremos proporcionar essa garantia de direitos. Esse é um importante instrumento de reinserção, que ajuda na autoestima e no retorno à vida social”, reconheceu o gerente Executivo de Ressocialização da SEAP.

Por Thais Cirino 

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