A defensora pública Fernanda Peres, subcoordenadora do Núcleo Especial de Direitos Humanos e da Cidadania (Necid) da Defensoria Pública do Estado (DPE-PB), foi contemplada com o Título de Cidadã Paraibana, concedido pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). O projeto, de autoria da deputada Cida Ramos, foi aprovado pelo Plenário na última terça-feira (15) e seguiu para sanção do governador.
Fernanda Peres da Silva nasceu em Uberaba (MG) e mudou para Paraíba em 2011, aos 31 anos, ao receber um convite para trabalhar no gabinete do desembargador João Alves da Silva. O desejo de morar no Nordeste surgiu desde a época que cursava Direito na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) e aumentou depois se conhecer o marido, Rodrigo Leite Cavalcanti, que é paraibano.
Defensora pública concursada desde 2017, Fernanda é titular da 3ª Vara Mista da Comarca de Mamanguape, coordenadora de Defesa e Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência e subcoordenadora do Necid.
No projeto, a deputada Cida Ramos ressalta que Fernanda tem tido um papel fundamental na defesa dos direitos e garantias das pessoas com deficiência da Paraíba por meio da Coordenadoria. “Sempre muito disponível, tornou-se referência de apoio para essas pessoas, realizando grandes discussões acerca do tema, conquistando avanços significativos em prol do segmento”, disse.
Segundo Fernanda, a Defensoria Pública a possibilitou conhecer o Brasil interior que até então não conhecia. “Um povo forte, de rica cultura, de espírito grandioso e incansável na luta”. Para ela, ser defensora é poder ser resistência: “Atuar contracorrente e se posicionar contra o sistema opressor no qual estamos ‘inseridos’ – digo entre aspas porque é um sistema que não inclui; ao contrário, exclui, coloca à margem, discrimina, abandona”, acrescentou.
Sobre tornar-se a mais nova cidadã paraibana, ela disse estar profundamente emocionada. “A Paraíba não só é o lugar onde pude realizar meus maiores sonhos como é responsável por uma profunda mudança na minha forma de ver o mundo e de me portar diante dele, o que me traz um vínculo de verdadeiro pertencimento à terra, de amor ao Estado, como se aqui fosse (e é) o meu lugar. Poder me considerar uma mulher paraibana é uma honra imensurável; é sentir-me abençoada por ter sido acolhida quando, na verdade, sou eu quem devo profundas homenagens a todo o povo da Paraíba”, disse.