
A DPE-PB teve papel fundamental na construção do Plano Estadual Pena Justa, documento que orienta as políticas públicas voltadas ao sistema prisional na Paraíba e que foi encaminhado ao STF para homologação em agosto deste ano. A instituição coordenou dois dos quatro eixos do plano — Controle da Entrada e das Vagas do Sistema Prisional e Políticas de Não Repetição do Estado de Coisas Inconstitucional —, ambos considerados essenciais para o enfrentamento das causas estruturais da superlotação carcerária e para a promoção de um sistema penal mais justo e eficiente.

Em seu discurso de encerramento da solenidade, o ministro Edson Fachin ressaltou que o Pena Justa representa uma oportunidade única para que intenções e ações caminhem lado a lado, “de modo a consertar o funcionamento de nossas prisões em definitivo”. Ele destacou três pilares centrais da política: o controle racional da ocupação carcerária, a humanização dos espaços prisionais e a reintegração social pelo trabalho e pela educação.

O presidente do TJPB, desembargador Fred Coutinho, reforçou o papel do Judiciário paraibano como referência nacional na execução das diretrizes do plano e na promoção de uma Justiça penal mais humana e eficaz.
“Hoje celebramos três dimensões essenciais da Justiça penal contemporânea: racionalidade, dignidade e reintegração. O Pena Justa é mais que um plano de ação — é uma mudança de paradigma”, afirmou.
O evento contou ainda com a presença do governador em exercício Lucas Ribeiro e de diversas autoridades do Judiciário, Executivo e Legislativo, reforçando o compromisso interinstitucional com a efetivação de um sistema prisional mais humano, racional e comprometido com a reintegração social.
Texto: Larissa Claro
Fotos: Roberto Marcelo e Luiz Silveira/STF







